Conscientizar a população sobre as formas de combate à doença: esse é o principal objetivo do Dia Mundial da Osteoporose, lembrado no dia 20 de outubro.

Silenciosa, a osteoporose já atinge cerca de 10 milhões de pessoas em todo o país. Idosos, principalmente mulheres na pós-menopausa, são os que mais sofrem com a doença, que provoca um enfraquecimento progressivo dos ossos, sem causar sintomas.

A redução na densidade mineral óssea aumenta o risco de fraturas do fêmur proximal, punho e da coluna. De acordo com o médico Jeferson Marlon Pieritz, calcula-se que 70 % das fraturas osteoporóticas da coluna são assintomáticas, ou seja, a pessoa quebra e não sente dor, sendo descoberta a fratura apenas após um exame de raio-x.  Estima-se que uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens com mais de 50 anos, irão sofrer uma fratura osteoporótica durante sua vida.

Até aproximadamente os 30 anos de idade os ossos estão em constante desenvolvimento para no futuro termos reservas ósseas, intituladas “Pico de Massa Óssea”. Após esta idade, o corpo humano começa a perder osso, resultante da redução dos hormônios masculinos e femininos, responsáveis pela menopausa na mulher e andropausa nos homens. Além dos hormônios, inúmeros fatores podem causar perda de massa óssea, como: diabetes, tumores, medicamentos (corticoides), intolerância lactose, entre inúmeras outras condições. Nesses casos, a perda pode ser independente dos hormônios, já que a osteoporose secundária pode ocorrer com menos idade e não está relacionada com menopausa e andropausa.

Segundo Pieritz, as pessoas que já possuem osteoporose precisam tomar cuidado com quedas, pois é através delas que ocorre a maioria das fraturas. O programa, Casa Segura da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, mostra alguns cuidados que devemos ter dentro das nossas casas para evitar quedas e, consequentemente, as fraturas.

Para prevenir a doença precisamos manter ao longo da vida uma alimentação saudável, principalmente através de derivados do leite, que são as principais fontes de cálcio. Também necessitamos de vitamina D, adquirida através da exposição solar sem protetor, “não podendo exagerar, devido ao risco de câncer de pele”. Devemos evitar também o tabagismo e manter as atividades físicas, principalmente exercícios com impacto, como a caminhada e a corrida, sem esquecer de fortalecer a musculatura em academias e pilates, alertou.